sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sem título

Alcool para quem não merece esse mundo decadente. Para os que se sentem bem amados e para os mal amados. Os bons, os ruins, homens, mulheres. Alcool para quem não quer enxergar a realidade. Alcool, alcool, alcool. Um copo para aliviar, uma dose para esquentar, um chopp, dois, três. Bis. Aplausos. É um espetáculo embebedar-se. É o único momento que o mundo gira em torno do seu umbigo. Risos, cigarros e mais alcool. Que diferença faz a semana passada, ontem, três minutos atrás? Quem se importa? De fato, ninguém se importa. "Some. Vai embora daqui. Por que você está fazendo isso?" Essas perguntas martelam e parecem frases tiradas de um filme que você desejou nunca ter visto. E como parasitas sanguinários e loucos elas te perseguem até o seu limite. A solução chegará quando você perder a consciência, a realidade, a noção do mundo. Flashes de uma vida patética, ordinária. Você desejou nunca ter nascido. Roxos, mechucados e ralados fazem parte. Só procure controlar a respiração

Vai pra casa. Toma um banho. Deita e dorme, porque amanhã a ressaca vai ser cruel.

[I may just die without it]

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