sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Último

Você foi o cigarro que eu nao deveria ter fumado.
Foi o vício que eu nao queria para mim.
Você conseguiu ser a fumaça que lentamente me invadiu.
Seu gosto ficou na minha boca, seu cheiro na minha pele,
no meu carro, nos meus lençois.

E quando me acho perdido, não quero recorrer
ao meu vício, não quero prever o meu fim.

Você foi caso barato que eu não pude
deixar de viver, foi carta do baralho
que eu não soube jogar, foi companhia
que não foi par.

Vício, você é vicio.

E ultimamente me encontro em tratamento,
tentando um dia me curar.

Flor de Moraes

[ baseado em confusões mentais e sentimentais. A razão não cura a ferida que o sentimento abre]

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