quarta-feira, 1 de setembro de 2010

nem pra não prestar

nada poético, literalmente correto, nada de rimas, de sacadas literárias, nada de nada. nada só pra dizer a verdade. que meu estômago arde e que eu ainda quero chorar. que não me sinto confortável com o passado e que o presente voltou a me incomodar. que nunca fui mais eu e que continuo sendo mais ele(s). que a abandono dói, que a ausência dói, que a falta dói, que tudo, absolutamente tudo dói. que até uma música alegre me dói. não tô bem. não quero falar. não quero saber. não quero que ninguém saiba. foda-se o tempo, foda-se tudo em que eu acredito. não cheguei mais longe que esperava. sou uma mal-amada SIM. não gosto de novidade, não tô nem aí pra ninguém e não vou me importa se isso machuca. não sou feliz, não tenho metade do que eu queria ter e não visitei tudo que eu queria. não sou jovem, eu tô ficando velha, o mundo me provoca náuseas. eu sou profundamente melancólica, não gosto de domingo e não gosto que me acordem. eu esqueço quem não me interessa e me esqueci também, porque eu sou demasiadamente desinteressante. encarei os fatos. eu não sirvo pra nada. pra amar e ser amada. pra pagar conta e manter a casa limpa. pra tomar remédios na hora certa e fazer um tratamento decente. pra tentar ser melhor e me fazer bem. eu não sirvo nem pra não servir pra nada. isso explica grande parte da minha razão inútil e totalmente desprezível.

Laura Santos. quem?

Um comentário:

Caetano disse...
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