quinta-feira, 1 de julho de 2010

monólogo de um apaixonado abandonado

eu disse que foi tudo muito rápido. não tivemos muito tempo pra nos conhecer. talvez eu que tenha tido tempo de sobra pra não me apegar, não para me apegar. é como estar num sonho bom, desses que a gente quer sonhar todo dia, mas nunca quer acordar. acordar é como despencar de uma nuvem por onde se passeou. talvez tenha sido a pouca idade, a distância, o desconhecimento dos dois, a falta de empenho, talvez tenha sido porque tinha que assim o ser. foi bom, eu sei que foi. tão pouco tempo junto, mas me parece uma eternidade quando se trata das lembranças e das fotos que eu ainda guardo. ele veio, eu gostei, quis ficar, eu deixei, foi embora e eu nem sei por que. foi intenso no limite das possibilidades. foi passageiro como uma chuva de verão. foi bom como o primeiro amor. eu não sei se ele vai querer voltar. se vai pedir pra voltar. se vai sentir falta. se vai me querer outra vez como se nada tivesse acontecido. e eu também não sei se vou querer voltar. acredito nos passos que a gente dá pra frente, não pra tras. dizem que quem vive de passado é museu e eu ainda não tenho cheiro de naftalina. se eu desejo mal pra ele? claro que não. quero que ele seja feliz, e como eu disse a ele, é mais uma decepção que eu tive e que só o tempo há de curar, assim como todas as outras.
começo rápido, meio rápido. por que o fim ia ser diferente?

Laura Santos entendendo completamente os mistérios que os minutos guardam. nem sempre um dia após o outro é bom.

2 comentários:

Prometeu agrilhoado disse...

De algum modo, a tua história comunga com a minha... o abandono está presente, mas acho a minha muito mais cruel. Gostava de um comentário, aliás, necessito mesmo, pois estou a enloquecer se não me fizerem comentários equidistantes. Nem sei o que hei-de pensar. Pode ver-se em www.prometeuagrilhoadolx.blogspot.com

obrigado pela atenção dispensada

Unknown disse...

esta correto...mas sera q estou "fedendo" a nafitalina??