Ultimamente ando embriagada, só não sei se de amor, de álcool ou de sonhos. Não sei se me faz a cabeça a cachaça que sobe como fumaça de lixo, ou os sonhos que meu coração abriga e suam pelos meus poros. Não sei se me embriago de pouco ou de muito amor, pois tanto faz a quantidade, me importa mais a qualidade, nem que seja por instantes. O que de fato importa é que eu esteja embriagada, tanto faz se de álcool, de amor ou de sonhos. A alucinação alimenta o vazio que o mundo deixa e preenche o cantos entranhados no corpo pequeno. Embriago, bebo, sonho, bebo, embriago, amo, bebo, amo, embriago e por assim sigo meus dias que não conto pelos dedos nem pelo calendário, mas pelas lembranças que tenho à medida que passam e se vão deixando não mais do que essas lembranças que eu amo tanto.
Laura Santos
[Ney Matogrosso]
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