Eu menti verdades esfarrapadas enquanto sonhava acordada com lembranças que nunca dormiam. Eu menti sentimentos afogados em copos de álcool e devorados por monstros invisíveis que eu criei. Eu menti desejos secretos que transpiravam no suor da euxaustão do meu corpo fatigado pela vontade nunca realizada. Eu traí argumentos e defendi conceitos tão fracos quanto minha chance de lutar contra eles. E agora eu confesso meus pecados nunca cometidos e pago pelo simples fato de desejar uma alma que nunca será minha, mas que um dia fez parte desse caminho tortuso que eu insisto em deixar pegadas marcadas no chão empoeirado e incerto. Eu menti, mas quem nunca mentiu pra si mesmo?
Laura Santos
Laura Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário