Pensamentos parecem pirilampos sertanejos que clareiam o escuro nebuloso que faz no mangue da saudade. São pensamentos que gritam os fatos que foram e acorda a sereia da realidade de um futuro tanto promissor quanto incerto. Pensamentos escritos pela mão do escrivão que conta cada milímetro de palavra lembrada, dita, falada nos pergaminhos das noites de volúpia. Leio cada trecho desses pergaminhos e revivo as lembranças como se acabassem de passar por mim no estralo de um relâmpago de lembrança. Agora parece-me tudo muito nítido e evidente. O cheiro, o sabor, o tato. O dom que cada sentido meu possui mais o sentimento de sintonia agregado. São pensamentos, apenas pensamentos que me permitem voar além das minhas possibilidades e me deixam livre pelos raros instantes que o meu pensamento permite te encotrar. Como um espelho, vejo o sorriso da gratidão que a minha alma transborda e num surto de felicidade, explodo, não além do que se possa ver, mas até o limite da consciência. São pensamentos, não mais do que pensamentos que libertam.
Laura Santos
[Viõrar Vel Til Loftárasa - Sígur Rós]
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