quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

E a vida é, realmente, a arte do encontro.......

Um convite. Uma aceitação um tanto quanto desajeitada. Mas por quê não?
Aceitei o convite.
Ainda que desencontrando dessa flor (!) de menina, e com medo de adentrar num universo tão infinito (e tão particular) vou postando aos poucos, preenchendo alguém com outrém.
Bom, aí vai minha primeira contribuição:


Nunca entendia porque minha mãe, ao reinvidicar seu cargo conquistado pela evolução genética e reafirmado pelo racionalismo sádico de alguns milênios, sempre me dizia: faço das tripas coração por seus filhos.
Ingenuidade abissal ou devaneios cotidianos, nunca havia me dado conta dessas tripas metamórficas.
Ontem a noite, depois do amargo gole do café, resquícios de saudades, desdobradas de um velho papel de banco, lembrei da expressão materna.
Do poema de Maiakovski.
Do bar sujo com a logo da família Adams:
Havia transformado meu coração em uma tripa.



É, não tem título. E qual sentimento teria?
* A foto é do filme "Noites de Circo", de Ingmar Bergman; pois até mesmo os palhaços sofrem. E choram.

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