eu disse que foi tudo muito rápido. não tivemos muito tempo pra nos conhecer. talvez eu que tenha tido tempo de sobra pra não me apegar, não para me apegar. é como estar num sonho bom, desses que a gente quer sonhar todo dia, mas nunca quer acordar. acordar é como despencar de uma nuvem por onde se passeou. talvez tenha sido a pouca idade, a distância, o desconhecimento dos dois, a falta de empenho, talvez tenha sido porque tinha que assim o ser. foi bom, eu sei que foi. tão pouco tempo junto, mas me parece uma eternidade quando se trata das lembranças e das fotos que eu ainda guardo. ele veio, eu gostei, quis ficar, eu deixei, foi embora e eu nem sei por que. foi intenso no limite das possibilidades. foi passageiro como uma chuva de verão. foi bom como o primeiro amor. eu não sei se ele vai querer voltar. se vai pedir pra voltar. se vai sentir falta. se vai me querer outra vez como se nada tivesse acontecido. e eu também não sei se vou querer voltar. acredito nos passos que a gente dá pra frente, não pra tras. dizem que quem vive de passado é museu e eu ainda não tenho cheiro de naftalina. se eu desejo mal pra ele? claro que não. quero que ele seja feliz, e como eu disse a ele, é mais uma decepção que eu tive e que só o tempo há de curar, assim como todas as outras.
começo rápido, meio rápido. por que o fim ia ser diferente?
Laura Santos entendendo completamente os mistérios que os minutos guardam. nem sempre um dia após o outro é bom.
2 comentários:
De algum modo, a tua história comunga com a minha... o abandono está presente, mas acho a minha muito mais cruel. Gostava de um comentário, aliás, necessito mesmo, pois estou a enloquecer se não me fizerem comentários equidistantes. Nem sei o que hei-de pensar. Pode ver-se em www.prometeuagrilhoadolx.blogspot.com
obrigado pela atenção dispensada
esta correto...mas sera q estou "fedendo" a nafitalina??
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