Na segunda feira fica tudo igual, normal, fatal, voltamos à estaca zero. Somos caras normais com romances nada ideais, nem de cinema, nem de verdade, nem por cinco minutos que duraram não mais do que uma madrugada amanhecida em hálitos de álcool, cigarro, outras bocas e uma cidade tão morta que nem consegue se ver. Esse tipo de romance fica muito bem no cinema, quando a gente sonha com aplausos no final pela interpretação do crime intensional, passional, volátil, mas eles não chegam porque a aqui a vida é real. E à luz do dia, caem as máscaras e não somos mais nada além de interpretes da nossa própria história com finais felizes, ou nem tanto. Só não leve o personagem pra cama, pode acabar sendo fatal. É assim que a vida faz e sempre haverá um fim poético, embriagado, solitário e um tanto quanto inspirador digno de risos maliciosos e lembranças ébrias.
Laura Santos achando tudo igual.
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