Todos os dias, no horizonte de algum lugar, um novo sol nasce trazendo consigo a esperança de um dia melhor. Todos os dias, incansavelmente, ele está ali, as vezes mais frio, as vezes mais quente, as vezes mais tímido. É quando vejo pelas frestas da minha janela, alguma poeria cintilante dançando numa companhia de balé russo ao som de não mais do que o silêncio matinal. Todo os dias o sol nasce e espelha no meu quarto raios luminosos que refletem na minha cama e me acordam como um beijo morno, doce, colorido. Não posso reclamar do dia que surge se acordo sendo beijada. Todos os dias ele nasce, quem pode negar? É quando cheira café e bolo de milho frescos, quando as crianças saem para a escola, quando as pessoas vão para seus trabalhos, uns reclamando, outros contentes. Todos os dias ele nasce, não pode ser diferente. É quando me sinto aliviada por poder ver o mundo assim, tão mais claro. Tenho medo da noite, tenho medo do escuro, tenho medo de não poder ver os frutos que as árvores ofertam. E quando o sol nasce, também nasce um novo dia que eu só espero que me traga soluções, esperança, amores e alguma surpresa.
Todos os dias um sol nasce, quem poderia evitar?
Laura Santos
[Lucky - Radiohead]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário