Erguei-vos mastros do meu barco à vela
que eu nunca mais hei de vê-la
nunca mais hei de tê-la
nem nunca mais hei de chorar por ela.
Erguei-vos, oh mastros do me barquinho
que ora já se faz tempo futuro
vamos que água também é solo duro
e eu não quero debater-me pelo caminho.
Soprai os ventos da saudade
e levem meus beijos pra ela
dona dos meus sonhos, pequena donzela
desde agora e sempre eternidade.
Carreguem de água e comida
os porões dessa embarcação
pois já trago calejado coração
dessa farta e mísera vida.
H. Guimarães
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