Ontem a noite, antes de dormir, fiquei meditando sobre as artimanhas do amor e como quem descarrega sentimentos e desabafa solitariamente, elaborei sonolentamente a seguinte análise:
Amar alguém por suas virtudes é muito fácil, difícil é conhecer, entender e principalmente respeitar os defeitos. Amar não é somente estar junto, é sentir a presença na ausência e sentir-se amado por isso. Amar é reconhecer que as pessoas são diferentes, imperfeitas e cheia de dificuldades, mas ao contrário da solidão, o amor edifica e nos torna melhores do que podemos ser se sozinhos. Pra ser amor precisa-se muito mais de palavras ou companhia, precisa-se de demonstrações mesmo que distantes. Amar as qualidades é muito fácil, difícil e conviver com os defeitos. Pegar na mão é fácil, difícil é dizer "vou com você". Apontar os defeitos é fácil, difícil é apreciar humilde e verdadeiramente o que se tem e se faz de bom. Ofender é fácil, difícil é pedir perdão, e mais difícil ainda, perdoar. Reclamar é fácil, difícil é sentir-se bem na dificuldade. Dizer que é amor é fácil, difícil é ser amor de fato.
Pra ser amor tem que ser muito mais do que isso que parece ser.
Laura Santos numa visão sentimental e racional da coisa.
ao som de Jamie Cullum
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