E lá se vai mais um ano. O vigésimo primeiro que passo por aqui, e como tem passado rápido. Parece que ainda sinto o gosto da ressaca do ano novo na boca e acho que nem deu tempo de usar todos os meus presentes de Natal. O carnaval se foi, páscoa, férias, aniversários e tudo como acontece repetidamente todos os anos. Nada de diferente; pais que matam filhos, a fome da África, a corrupção no Brasil, a guerra no Oriente Médio, a guerra dos sexos. Do ponto de vista social, o que mudou? Nada. Continuamos no velho buraco de sempre cavando cada vez mais para baixo, e acabamos nos esquecendo que no centro da Terra também faz calor. E é tudo a velha merda de sempre, nunca mudou, não mudará daqui pra frente. Nós apenas fingimos pretenciosamente que fazemos alguma coisa e que estamos evoluindo. É parte da nossa realidade: ilusões e utopias.
Falo agora do ponto de vista pessoal. Não posso dizer que muita coisa também mudou. Continuo com os velhos vícios de sempre e cada vez mais arraigada neles. Fui morar sozinha, arrumei um emprego, decorei meu quarto, comprei roupas, sapatos e livros novos. Não doei dinheiro para alguma ONG, não dei comida para os pobres, não ganhei um leão em Cannes, não fui à praia esse ano e não passei em todas as matérias na faculdade. Eu sei, não fui uma excelente pessoa, não fui o melhor que eu podia ter sido, não fiz, sequer, o esforço para tê-lo sido, mas quem se importa? Também tive meus auges, meus prêmios, meus troféus pessoais. Tantas emoções, tantas lembranças, tantas coisas me chegam à cabeça que as sinto agora, acontecendo nesse instante. Palavras ditas, músicas tocadas, emoções trocadas, beijos dados, pessoas que vieram e que se foram. Me lembro de tudo, me lembro de cada uma, me encontro enquanto me lembro, me perco quando esqueço. Desejei outros começos, quis mudar alguns finais, poderia ter feito diferente, mas tudo foi como deveria ter sido, tudo exatamente no seu lugar, por mais confuso, triste ou inaceitável. Fiz uns bons amigos, tomei uns (muitos) porres, dei pouco (muito) de mim para quem pedisse (e para quem não pediu também) e posso dizer que foi bom. Tive crises de alegria, de tristeza, de desespero, de existência. Senti desejos, cometi enganos, falei demais, guardei mágoas, expulsei demônios e viajei sem sair do lugar. Enfim, tudo muito normal, mas não posso dizer que não foi excitante. Claro que desejei algumas pitadas de açúcar, álcool e sacanagem, mas não posso reclamar da receita desse ano.
Falo agora do ponto de vista pessoal. Não posso dizer que muita coisa também mudou. Continuo com os velhos vícios de sempre e cada vez mais arraigada neles. Fui morar sozinha, arrumei um emprego, decorei meu quarto, comprei roupas, sapatos e livros novos. Não doei dinheiro para alguma ONG, não dei comida para os pobres, não ganhei um leão em Cannes, não fui à praia esse ano e não passei em todas as matérias na faculdade. Eu sei, não fui uma excelente pessoa, não fui o melhor que eu podia ter sido, não fiz, sequer, o esforço para tê-lo sido, mas quem se importa? Também tive meus auges, meus prêmios, meus troféus pessoais. Tantas emoções, tantas lembranças, tantas coisas me chegam à cabeça que as sinto agora, acontecendo nesse instante. Palavras ditas, músicas tocadas, emoções trocadas, beijos dados, pessoas que vieram e que se foram. Me lembro de tudo, me lembro de cada uma, me encontro enquanto me lembro, me perco quando esqueço. Desejei outros começos, quis mudar alguns finais, poderia ter feito diferente, mas tudo foi como deveria ter sido, tudo exatamente no seu lugar, por mais confuso, triste ou inaceitável. Fiz uns bons amigos, tomei uns (muitos) porres, dei pouco (muito) de mim para quem pedisse (e para quem não pediu também) e posso dizer que foi bom. Tive crises de alegria, de tristeza, de desespero, de existência. Senti desejos, cometi enganos, falei demais, guardei mágoas, expulsei demônios e viajei sem sair do lugar. Enfim, tudo muito normal, mas não posso dizer que não foi excitante. Claro que desejei algumas pitadas de açúcar, álcool e sacanagem, mas não posso reclamar da receita desse ano.
Se fui feliz? Claro!
E para 2010? BIS!
Laura Santos
Ao som de David Gilmour, e não poderia ser diferente.
[beijosmeliguempoisestousozinhaemcasa!]
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