terça-feira, 20 de abril de 2010

Se tudo muda

Se um dia você decidir ir embora e sair por aquela porta
e num adeus me beijar docemente o rosto sem chorar,
exitar, sem senti medo, sem deixar nada para tras além
de saudade, lembranças, seu cheiro pela casa, um CD
antigo e infitas letras avulsas pelos cantos, eu
verei você sumindo na linha do horizonte e num último
soluço de pranto, eu compreenderei que o mais valioso
tempo não é o que planejamos, mas aquele que vivemos
na intensidade em que duram, assim como todos em que
fomos felizes sem planejar, mas que aconteceram.
É tão fácil dizer que te deixarei ir quando luto
incansavelmente para não te querer, é tão complicado
dizer que não te quero quando vejo sua aventura por
outras bocas que não hão de amar-te tanto quanto eu,
mas só trarão o sofrimento amargo de dias solitários
que você mesmo cultivou, é tão impossivel dizer
que vivo bem assim quando você por perto me faz melhor.
Mas se você se for, eu ficarei aqui, agarrada
com os vestígios de lembrança, de saudade, de música
e de um amor indescritível, imensurável e que sobreviverá
ao tempo, às pessoas, às circunstancias e às partidas
que insistem em acontecer.

Laura Santos ao som de Everything Changes do Staind. Parece um post de adeus, triste ou sofrido, mas é um post feliz e consciente.

domingo, 18 de abril de 2010

Eu entendo seu atraso, seu pouco tempo,
sua demora, sua recusa, sua mania de me deixar esperando,
só não consigo entender esse descaso
que eu insisto em fingir
que não está me matando.

Laura Santos outra vez. Mas que droga.

Once again

And here I'm once again,
trying to make this time the best I can,
because I know it's been so hard
but no pain, no gain.

And here goes my life,
because time is scaping from my hand once more
and after this time goes by,
I will do what is properly mine:
See the ship leaving the shore.

Laura Santos fazendo não se sabe o que com a vida.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Stay alive

You see that light?
It's probably me fighting
to see your sweet
smile.

You see what we became now?
I came to Walking through this line
Just to tell you somehow
I don't want to tell you another lie

If you scream, i'll hear you
if you fall, I'll hold you,
if you care, I'll be waiting here
just to dry off your tear.

And do you see the light?
It's probably my love
asking you to stay alive.

No matter how.

Laura Santos ao som de Broken do Seether, arranhando o inglês inferrujado e desejando fortemente que ele seja feliz, de verdade.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Certeza

De vez em quando a gente acha que nada vai dar certo.
Que o dia não vai passar,
que o final de semana não vai chegar,
que os sonhos não vão se realizar,
que as contas não vão acabar,
que os amigos não vão vir,
que a fome não vai embora.
De vez em quando a gente acha que não vai ser fácil.
Que os dias serão mais complicados,
que as pessoas serão menos fáceis,
que os trabalhos serão cada vez mais confusos,
que os tempos serão a cada instante mais tensos,
que os pesadelos serão piores a cada noite.
Tem horas que a gente acha que de nada vai adiantar,
a faculdade, o estudo, o empenho, a dedicação,
a habilidade, a prática, a vocação,
o treino, o cuidado, a opinião.
Às vezes eu acho que nada vai dar muito certo,
mas na maioria das outras vezes eu tenho certeza.

Laura Santos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tudo igual

Na segunda feira fica tudo igual, normal, fatal, voltamos à estaca zero. Somos caras normais com romances nada ideais, nem de cinema, nem de verdade, nem por cinco minutos que duraram não mais do que uma madrugada amanhecida em hálitos de álcool, cigarro, outras bocas e uma cidade tão morta que nem consegue se ver. Esse tipo de romance fica muito bem no cinema, quando a gente sonha com aplausos no final pela interpretação do crime intensional, passional, volátil, mas eles não chegam porque a aqui a vida é real. E à luz do dia, caem as máscaras e não somos mais nada além de interpretes da nossa própria história com finais felizes, ou nem tanto. Só não leve o personagem pra cama, pode acabar sendo fatal. É assim que a vida faz e sempre haverá um fim poético, embriagado, solitário e um tanto quanto inspirador digno de risos maliciosos e lembranças ébrias.

Laura Santos achando tudo igual.