terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Não existe nada melhor do que...


Sempre ouvir as pessoas dizerem: "Não existe nada melhor do que isso, ou aquilo, ou aquilo outro". Eu mesma, por várias vezes, afirmei que não existe nada melhor do que alguma coisa. Mas ontem, quando cheguei em casa depois da agência, sentei no sofá, tirei o tênis, respirei e pensei: "Nada melhor do que chegar em casa e relaxar no silêncio desse apartamente vazio". Mas ao mesmo tempo eu sentia fome, sono, sede e vontade de tomar um banho pra aliviar o calor do dia. Aí pausei e pensei: Não existe nada melhor do que fazer aquilo que você quer fazer na hora que dá vontade. Para ser clara, nada melhor do que tomar banho de piscina no calor, viajar nas férias, respirar no final do trabalho, tomar cerveja no sábado, fumar um cigarro no ápice do estress, tomar água na hora sede, dormir quando o sono bater forte, abraçar a família depois da saudade, não tem nada pra fazer. Conclusão: tudo aquilo que fazemos quando estamos com vontade é a melhor coisa do mundo e não há nada que supere o prazer de ser voluntário, espontâneo e satisfatório.

Laura Santos
ao som de Grapevine Fires - Death Cab for Cutie

[evamoquevamorumosóDeussabeoonde]

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

2010 para você.

Eu te desejo 2010 dias para sonhar. Desejo 2010 amores aos quais você se entregue, amigos em quem você confie, primos que te façam rir. Te desejo 2010 cervejas geladas, churrascos aos sábados e sol. Desejo 2010 sorrisos e beijos doados. Desejo 2010 presentes ganhos e dados, 2010 viagens realizadas, 2010 prêmios merecidamente recebidos. Desejo que você experimente 2010 comidas exóticas, que tire 2010 fotos espontâneas, que escute 2010 bandas diferentes. Que você viva 2010 horas em 24 e 2010 dias em 365, que cada um seja único e que você não se arrependa de nenhum. Desejo 2010 sonhos realizados, 2010 sentimentos trocados, 2010 conversas tidas, 2010 livros lidos, 2010 filmes assistidos. Desejo que você economize 2010 reais por mês, litros de água por semana e kilowats por hora. Desejo que você conquiste 2010 praias desertas, tesouros escondidos e corações inexplorados. E eu desejo muitos 2010 para você, muitos caminhos para percorrer, muitos quedas para levantar, muitas lágrimas para secar, muitas mágoas para esquecer, muitos mais 2010 anos para viver.

Laura Santos

e é essa minha mensagem de ano novo.

=*

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Alice no Pais das Maravilhas

Ontem eu postei o trailer oficial que saiu do filme Alice no País das Maravilhas, mas não falei muita coisa porque estava com pressa. Mas hoje sai um post decente!
Alice no País das Maravilhas já foi lançado em desenho animado e foi insipirado no livro que leva o mesmo título, agora virá o remake com uma mega super produção com direito a salas 3D e todos os tipos de recursos tecnológicos e que conta o retorno dela ao país das maravilhas e como a Rainha de Copas está, no mínimo, brava.

Ficha Técnica

Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton
Elenco: Mia Wasikowska (Alice), Alan Rickman (Lagarta), Helena Bonham Carter (Rainha Vermelha), Christopher Lee, Johnny Depp (Chapeleiro Maluco), Anne Hathaway (Rainha Branca), Michael Sheen, Crispin Glover (Valete de Copas), Eleanor Tomlinson (Fiona Chataway), Matt Lucas.

Posters divulgados:





Enfim, espero ansiosamente pelo filme e que venha mais uma tatuagem!


Chupei os posters do metaanfetamina

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Alice no País das Maravilhas por Tim Burton

FI NAL MEN TE saiu o trailer do filme que eu mais espero para o ano que vem: Alice no País das Maravilhas. Para quem não sabe, o filme traz atrações como o Johnny Deep e é dirigido por Tim Burton. Eu tô na correria e morrendo de ansiedade para mostrar logo o vídeo, então segue o link e amanhã eu posto tudo detalhadamente sobre a mega produção em 3D.

AQUI
Ficadica
=*

Reflexão

E lá se vai mais um ano. O vigésimo primeiro que passo por aqui, e como tem passado rápido. Parece que ainda sinto o gosto da ressaca do ano novo na boca e acho que nem deu tempo de usar todos os meus presentes de Natal. O carnaval se foi, páscoa, férias, aniversários e tudo como acontece repetidamente todos os anos. Nada de diferente; pais que matam filhos, a fome da África, a corrupção no Brasil, a guerra no Oriente Médio, a guerra dos sexos. Do ponto de vista social, o que mudou? Nada. Continuamos no velho buraco de sempre cavando cada vez mais para baixo, e acabamos nos esquecendo que no centro da Terra também faz calor. E é tudo a velha merda de sempre, nunca mudou, não mudará daqui pra frente. Nós apenas fingimos pretenciosamente que fazemos alguma coisa e que estamos evoluindo. É parte da nossa realidade: ilusões e utopias.
Falo agora do ponto de vista pessoal. Não posso dizer que muita coisa também mudou. Continuo com os velhos vícios de sempre e cada vez mais arraigada neles. Fui morar sozinha, arrumei um emprego, decorei meu quarto, comprei roupas, sapatos e livros novos. Não doei dinheiro para alguma ONG, não dei comida para os pobres, não ganhei um leão em Cannes, não fui à praia esse ano e não passei em todas as matérias na faculdade. Eu sei, não fui uma excelente pessoa, não fui o melhor que eu podia ter sido, não fiz, sequer, o esforço para tê-lo sido, mas quem se importa? Também tive meus auges, meus prêmios, meus troféus pessoais. Tantas emoções, tantas lembranças, tantas coisas me chegam à cabeça que as sinto agora, acontecendo nesse instante. Palavras ditas, músicas tocadas, emoções trocadas, beijos dados, pessoas que vieram e que se foram. Me lembro de tudo, me lembro de cada uma, me encontro enquanto me lembro, me perco quando esqueço. Desejei outros começos, quis mudar alguns finais, poderia ter feito diferente, mas tudo foi como deveria ter sido, tudo exatamente no seu lugar, por mais confuso, triste ou inaceitável. Fiz uns bons amigos, tomei uns (muitos) porres, dei pouco (muito) de mim para quem pedisse (e para quem não pediu também) e posso dizer que foi bom. Tive crises de alegria, de tristeza, de desespero, de existência. Senti desejos, cometi enganos, falei demais, guardei mágoas, expulsei demônios e viajei sem sair do lugar. Enfim, tudo muito normal, mas não posso dizer que não foi excitante. Claro que desejei algumas pitadas de açúcar, álcool e sacanagem, mas não posso reclamar da receita desse ano.
Se fui feliz? Claro!
E para 2010? BIS!

Laura Santos
Ao som de David Gilmour, e não poderia ser diferente.

[beijosmeliguempoisestousozinhaemcasa!]

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Eu quero o mar

Eu vou zarpar.
Vou juntar meus trapos num saco, amarrá-lo e joga-lo nas costas.
Vou morar nas encostas do mar.

Vou para onde ninguém me perceba,
me conheça ou me chame,
onde niguém graceja nem reclame
se eu não for o alguem deseja

Vou para onde eu trabalhe e receba
moedas e vale pão,
que o tempo não me ouse um não
e, no minimo,
que assim seja.

Vou embora, vou dar o fora,
vou juntar minhas trouxas, minhas roupas,
minhas migalhas.
Vou seguir pela estrada amarela, chegar
no porto solidão, atracar no cais da saudade,
chorar uma lágrima de felicidade e morrer a merce da ilusão.

É que eu cansei de morar no meio do cerrado,
no meio desse nada habitado.

Eu quero o mar, o gosto de sal e o pôr do sol.

Flor de Moraes

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sobre o amor

O amor fede. Digo aqui não como alguém mal amada, porque também eu tive amores graves. Não que perdurassem longos anos, uns, inclusive, nunca passaram de algumas horas, mas ainda assim posso dizer que tive uns e outros que me fizeram feliz. Falo como quem vê pela janela da realidade nua e crua de que o amor, além de cego, também cheira mal. Mais ainda, o amor nos deixa indiferentes e impaciais aos nossos próprios sonhos, desejos e personalidade, ou seja, tornamo-nos apáticos pelo simples fato de considerar a chance de sermos mais completos quando estamos próximos dos olhos desejados a ponto de sentir o hálito quente da outra boca. Defendo que não sabemos amar e o amor, além de tudo, adoece e mata lentamente como o veneno de um peçonhento. Quero que levante quem nunca chorou, quem nunca adoeceu, quem nunca morreu vítima -sem chance de defesa- desse câncer maligno chamado AMOR. Em termos simples, amor é doença instalada e proliferadora das bactérias mais asqueirosas transmitidas via boca, orgãos e pensamentos -para mim, até o pensamento de amor propaga alguma doença. Ficamos burros, ficamos indiferentes, ficamos tolos. Perdemos nossas referências de vida e de felicidade e entregamos a outrem algo que nem possuímos, e pior, achamos que ali encontramos a verdadeira felicidade. Não quero alfinetar os amantes e defensores do amor como medida imediata e eficiente para caos em que vivemos, quero apenas defender meu ponto de vista de que o amor torno-se apenas via de justificativa para seres humanos que não são, sequer, pessoas inteiras, mas pequenos fragmentos de frustração e sentimentos incompletos e que precisam, inutilmente, de algum artifício que camufle a tristeza, preencha o vazio e passe o tempo. E o amor? O amor é produto de esgoto: vive por baixo e ninguém se importa até que ele comece a incomodar.
Laura Santos
[ácida, árida, ártica, arredia, selvagem.]

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Paixão Segundo G.H

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Clarice Lispector

Pergunta

Por quanto tempo há de durar a chuva?
(A melancolia e a solidão?)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Uma revolução

Vamos continuar a percorrer as estradas estreitas da solidão e das aventuras sem limites. A vida não parou, não para! Ainda há muito o que andar, ainda há muita poeira pra comer, muito encruzilhada pra se perder, e se achar. Não olhe pra trás, não lamente, não chore, não reclame, apenas clame por dias mais vivos, cheios de uma felicidade nostálgica e realizadora. Nada de bagagem além do que nossas mãos podem carregar e um cantil de água pra não matar a garganta de sede. Ninguém que entenda, que ouça, que explique, apenas a voz da própria razão fundida nas brasas do sentimento que é pra não ficar totalmente impacial às belezas que um toque de amor ainda pode oferecer. Mantenhamos a calma, mantenhamos a respiração, continuemos a jornada rumo a nada e a lugar nenhum. Talvez um dia cheguemos em algum lugar. Me avise quando chegarmos lá, se a gente chegar lá.
Sort of revolution
Fink