terça-feira, 30 de setembro de 2008

Abra a porta.



Tradução:

Mãe: Eu estou indo ao mercado, não abra a porta, não importa quem seja! Ok?
Mafalda: Ok.
Mafalda: MAMÃE!
Mafalda: E se for a Felicidade?

Abra a porta pra felicidade, pra amizade, pra sinceridade, pra força. Para os amigos, para a família, para você. Abra para o céu, para a lua, para o mar, para o sol. Abra para as coisas que te fazem feliz e talvez as que te fazem sofrer, pois essas te ensinam. Esteja pronto para abrir e para entrar pela porta de alguém. Apenas saiba enxergar as oportunidades, mesmo quando elas pareçam perdidas.

Vagabundo

(Por motivos diversos tive que abandonar o blog por uns dias, mas já retornando peço que considerem esse post como se tivesse sido postado na sexta, pois essa semana acabou de começar, então novas coisas também começaram.)


Frase:

"Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia eu fiz o cimento da minha poesia."

Música:

Tomara

Poema:

Poética

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

(Para mim, que faço o que eu quero e como eu quero)

Conclusão:
Vinícius fala o que eu nunca diria, embora queira dizer repetidamente.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Amante



Frase:

"A gente não faz amigos, reconhece-os."

Música:

Carta ao Tom

Poema:

Receita de Mulher

As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental.
É preciso que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então Que a mulher se socialize elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os menbros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhavel na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferencia grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

(para Athene, porque a gente sabe e é)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Boêmio



Frase:

“Existem umas feias potáveis, mas a maioria só serve mesmo para fazer sabão.”

Música:

Tarde em Itapoã

Poema:

Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(para Yuri, por tudo e por nada. Sem mais explicações.)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Poeta



Frase:

"Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar ninguém"

Música:

Eu não existo sem você

Poema:

Soneto do amor total

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade.
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

(para Igor, amor fraternal sem medida e sem distância)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dedicação

Essa semana eu vou dedicar esse espaço totalmente ao cara que fez minha vida colorida. Meu pai, conselheiro, amigo, mestre, psicólogo, amante. Me ensinou a ler, a entender as letras postas numa linha, a entender que existe muito além de palavras, existe vida e essa é indescritível. Vinícius de Moraes, o homem que me ensinou a amar sem medida.
Também vou dedicar cada poema que eu postar a alguém que fez ou faz parte da minha vida pois cada um carrega uma história, uma lembrança e um merecimento.



Vinícius de Moraes ou Poetinha ficou conhecido pelos seus sonetos e composições musicais. Fez parceria com Baden Powel, Tom Jobim, Toquinho e Carlos Lyra. Também dedicou algumas obras para crianças, embora tenha se dedicado quase que totalmente à música e poesia mundana e sentimentalista. Era fumante, apreciador de uísque, boêmio e eternamente apaixonado pelas mulheres, pois casou-se nove vezes.

Frase:

"O uísque é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado."

Música:

Se todos fossem iguais a você

Poema:

Anfiguri

Aquilo que eu ouso
Não é o que quero
Eu quero o repouso
Do que não espero.

Não quero o que tenho
Pelo que custou
Não sei de onde venho
Sei para onde vou.

Homem, sou a fera
Poeta, sou um louco
Amante, sou pai.

Vida, quem me dera...
Amor, dura pouco...
Poesia, ai!...

(para Dundi, meu eterno poetinha)

domingo, 21 de setembro de 2008

Pingos de chuva e gotas de melancolia.



Esses dias cinzas me deixam mais melancolica do que o normal. Eu quero fugir, mas ao mesmo tempo quero ficar, ficar dentro de mim e fugir do mundo frio lá fora, porque nunca fez tanto frio como agora.
Me recolho às gotas de chuva e cada uma delas traz a lembrança de dias que não mais voltarão. Dias que a única coisa que eu me preocupava era não me preocupar com nada, porque as coisas por si só se resolviam. Esses dias me fazem voltar para dentro de mim e fico pensando nas coisas que eu queria tirar, curar, recuperar. Coisas que me enchem de vazio e me acrescentam angústias incessantes, dores amargas e danos irrecuperáveis.
Preciso de dias quentes e iluminados, cheios de vida e de doçura. Dias alegres, contagiantes e agradáveis pra retomar os sorrisos que eu deixei para trás.
Porque a única coisa que me dá esperança são os dias de sol que certamente virão depois que essa chuva passar.

Flor de Moraes.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A minha melhor companhia.



Eu descobri que posso fazer
qualquer coisa sozinha.
Posso sorrir,
posso chorar,
posso ir a qualquer lugar.
Posso fazer compras,
ir ao shopping,
cinema,
salão.
Posso fazer as minha refeições,
escutar a minha música preferida,
assistir ao meu filme predileto
comendo as pipocas que eu mesma preparei.
Posso me esquentar quando fizer frio,
ir ao clube quando estiver calor,
à cachoeira quando quiser fugir.
Eu posso fazer qualquer coisa sozinha,
pois descobri que nunca estarei só
quando tiver a minha própria companhia.
Posso até entrar em crise comigo mesma,
querer me mandar embora,
e me chamar de inútil,
mas sempre me amerei como
nenhuma outra pessoa poderá me amar
e sempre estarei à minha disposição
quando ninguém mais quiser estar.
Porque eu sou a minha melhor companhia.

Flor de Moraes.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Me assista.


Música: Try
Interpretação: Janis Joplin (live at Woodstock,1969)


Me assista eu te deixar, meu bem.
Vou pegar o carro,
acender um cigarro,
e com classe colocar
aqueles óculos escuros
que me deixam tão sexy.
Você nunca mais vai ter
a minha boca vulgar.
Nunca mais colocará seus
olhinhos sobre mim.
Janis Joplin será minha inspiração.
Vou para onde a estrada me levar,
o resto é conseqüência
e dane-se a tal da razão.
Porque meu destino é incerto,
mas eu o conduzo da forma que desejar
e eu chamo isso de liberdade
com uma dose de egoísmo,
prepotência e despreocupação.
Me assista, meu bem!
Me assista.

Flor de Moraes

Tudo se explica.

Música: Diariamente
Compositor: Nando Reis
Interpretação: Marisa Monte.




Para cada coisa: propósito
para o pé: chinelo
para a boca: sorriso
para a cerveja: companheiro
para o dia de sol: praia
para o amigo: abraço
para o amante: beijo
para o final de semana: festa
para o jardim: flor
para o vegetariano: salada
para a saudade: telefonema
para o momento: música
para o calor: sorvete
para a dependência: estudo
para as férias: descanso
para a vírgula: pausa
para o problema: solução
para a dúvida: explicação
para a pergunta: resposta
para você: eu.

Você ainda duvida de que para tudo existe uma razão?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Paixões e mais.



Paixão1
pai.xão1
sf (lat passione) 1 Sentimento forte, como o amor, o ódio etc.2 Movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal. 3Mais comumente paixão designa amor, atração de um sexo pelo outro. 4 Gosto muito vivo, acentuada predileção por alguma coisa. 5 A coisa, o objeto dessa predileção. 6Parcialidade, prevenção pró ou contra alguma coisa. 7Desgosto, mágoa, sofrimento prolongado. 8 Os tormentos padecidos por Cristo ou pelos mártires.

A minha interpretação:

Cerveja com os amigos, sol, brisa fresca, torta de limão, jujuba, chá, poesia, café, chiclete, noite, água gelada, Vinícius de Moraes banho quente, dançar, risos, todo tipo de arte, viagens, Clarice Lispector, música, praia, coisas de leve, você, pijama, perfumes, loucura, vestidos, açai, Manuel Bandeira, langeries, chuva, dormir abraçado, filmes, morgação, Paulo Leminski, literatura, cores, família, lua, flores, bolsas, frutos do mar, palas, abraços apertados, coca-cola, pinguins, listras, Nelson Rodrigues, estrelas, beijos ardentes, colares, Brasil, suco de laranja, velocidade, cantar, guacamole, Islândia, livros, cinema, McDonalds, shows, video game, pscina, mãos, comida, escrever coisas bonitas, respirar ar fresco, rir sempre, viver bem e amar sem medida.

Me diz, quais são as suas paixões?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Partes.

Ela estava ali, linda, intocável, admirável.
Sabia dos segredos, dos mistérios, dos sonhos mais escondidos.
Lia as almas, as palavras, os olhos.
Via o que ninguém conseguia ver, ia além do que alguém pudera chegar.
Ela queria ser notada, ser vista, ser amada.
Queria um amor pra toda vida, uma felicidade que fosse real,
um sentimento que fosse belo.
Deixar o vazio, a angústia, o frio das noites que esteve só.
Ela oscilava, mudava de humor, de postura, de cara.
As vezes era cheia, as vezes sumia, as vezes passava sem ser percebida,
mas ela sempre brilhava, mesmo que um brilho fraco, ofuscado.
E não entendia como tantas coisas aconteciam e não podia fazer nada,
não podia gritar, não podia manifestar, não podia querer fazer alguma coisa.
Ela gemia sozinha, gritava uma voz sem som e as lágrimas eram secas.
Pra você ela sempre estava lá,
mas você não se importava,
não via,
nem percebia a sua presença.
Ela descobriu que poderia viver sozinha,
apenas adimirando de longe e sonhando incansavelmente.
E ela era parte de mim, 
e eu parte dela.

Flor de Moraes.

Além do que se vê.

Fragmento de Samba da Benção
Por Vinicíus de Moraes e Baden Powell

"Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão."

Se for para ser mulher, que seja com toda paixão, desvairo e lucidez que a vida oferecer. Porque é permitido passar dias pensando no amor que você pode e quer dar a alguém, mas é inútil sofrer um dia que seja lamentando-se do que não foi e certamente não virá. E mesmo que a ferida seja recente e ainda se sinta certa dor tentando cicatrizá-la, mostre ao mundo a sua melhor cara e chore em silêncio na sua solidão. Ninguém precisa saber das suas lágrimas, nem porque elas caem.

domingo, 14 de setembro de 2008

Sobre as perguntas.



"Guernica" de Pablo Picasso.

O que você vê? O que você sente? Para uns é confuso, para outros misterioso, para mim é o que eu sinto e vejo: muitas coisas. Inútil limitar-se a palavras quando elas dizem tão pouco, inútil tentar sentir uma única coisa quando sentimentos são conseqüências uns dos outros. É simplesmente inútil e limitado.
Você tem medo de que? Eu tenho medo de mim porque sou fraca quando tento ser forte, triste quando tento ser alegre, fria quando tento amar, incapaz quando tento lutar, medo dos meus sentimentos porque variam o tempo todo e não posso controla-los, medo das pessoas porque elas podem ser corpo e não alma, maquiagem e não sentimento. Tenho medo da vida, do futuro, do próprio presente.
Do que você precisa? De pessoas que te mentem coisas bonitas ou te dizem a verdade mesmo que dura e fria? De sentimentos puros e verdadeiros ou caras bonitas e fantasiadas? Eu preciso de verdades claras, de paz constante, de amor maduro, de palavras sinceras, de pessoas mais humanas. Preciso me achar quando me perder, preciso de amar quando não houver mais amor, preciso descansar quando o corpo pedir, preciso sonhar quando tudo estiver perdido, preciso, quem sabe, de você pra me tirar dessa confusão que eu me meti.
Porque no fundo não é sobre as resposta, mas sobre as perguntas que você se faz.

"A arte é uma mentira que diz a verdade"
Pablo Picasso

Obrigada.

sábado, 13 de setembro de 2008

Arrepio.



Dispensa qualquer tipo de comentário.

Só quem viu, ouviu e sentiu.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Nelson Rodrigues.

Um dos escritores mais brilhantes de todos os tempos, Nelson sem dúvida deixou sua marca registrada na história literária brasileira. Foi autor de diversos contos, crônicas e romances publicados em diversos livros. Também deixou sua contribuição para o cinema e algumas de suas obras viraram filmes, novelas ou espetáculos teatrais. A maioria das suas composições tratam da vida boêmia, da paixão pela mulher e dos prazeres mais mundanos que o homem pode ter. Sentimentalismo e volúpia eram sua identidade literária.

Algumas frases de Nelson Rodrigues:

"Dinheiro compra tudo, até amor verdadeiro."

"Sem paixão não dá pra chupar nem um picolé."

"Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu."

"Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas."

"Nunca a mulher foi menos amada do que em nossos dias."

"Sexo é para operário."

"Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há possível amor."

"O brasileiro não está preparado para ser 'o maior do mundo' em coisa nenhuma. Ser 'o maior do mundo' em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade."

"A liberdade é mais importante do que o pão."

Das suas obras eu recomendo:

-Os livros: 
A vida como ela é - O homem fiél e outros contos
A dama da lotação e outros contos e crônicas
Meu destino é pecar

-Os filmes:
Bonitinha mas ordinária
Engraçadinha
Vestido de noiva

Nelson foi escritor, crítico, boêmio, louco, amante, poeta. E eu faço uma confissão: Queria ter sido uma das suas mulheres.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Porque eu vou aonde você queira me levar.

Vamos pegar a estrada, meu bem!
De ônibus, de camelo, de avião,
de carro, de barco, de trem.
Pacote turístico, cruzeiro ou mochilão.

Queimar nas havaianas praias quentes,
amar no suíço gélido frio,
tomar mojitos em mexicanos bares ardentes,
passear no bondinho do Rio.

Há um mundo lá fora, amor!
Pra que ficar aqui?
Vamos, seja lá como for!
O melhor é viajar por aí.
Vamos embora, 
vamos dar o fora,
vamos sumir!

Para onde ninguém nos veja,
para onde o vento soprar,
um lugar onde a felicidade esteja,
porque esse é o nosso lugar.

Vamos depressa,
vamos sem demora.
Ir é o que interessa,
e é melhor ir agora.
Porque a estrada é longa, meu bem!
E eu não quero mais ficar.
O tempo não espera por ninguém,
e eu vou aonde você queira me levar.

Flor de Moraes.

I feel good!



Eu me sinto tão bem! E você? Como você se sente?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Coisa de gente doida.

Salvador Dalí, artista espanhol que dedicou boa parte do seu trabalho artístico ao Surrealismo, embora tenha contribuído também para o teatro, cinema e fotografia. Suas obras são as mais profundas que eu já vi e despertam em mim algo que vai além do próprio entendimento. Louco, insano, genial! Dalí era a própria arte encarnada, respirando e andando.

"A única diferença entre o louco e eu é que o louco pensa que não está louco, enquanto eu sei que estou."
Salvador Dalí.

E aí eu pergunto: Quem, em perfeito juízo, precisa de normalidade?

Faça algo notável.


Faça uma coisa notável. Sorria de dentro pra fora, chore lágrimas de felicidade, dê gargalhadas sinceras. Faça uma coisa notável. Escreva um poema, tire uma foto engraçada, colora um desenho. Faça uma coisa notável. Brinque com uma criança, converse com um idoso. Faça qualquer coisa notável. Ame mais, ria mais, divirta-se mais, permita-se mais. Faça amigos, faça sol, faça sexo. Veja bons filmes, leia bons livros, escute boas músicas. Vista-se de cores, vista-se de sentimentos, vista-se do mundo. Ame sua família, ame seus amigos, ame-se incondicionalmente. Vá ao shopping, vá à praia, vá onde o vento faz a curva. Sonhe com seus futuros filhos, com aquela viagem, com quem te fará feliz. Beije na chuva, durma abraçado, converse. Doe mais amor, doe mais roupas, doe-se mais. Viva intensamente, até isso é uma coisa notável.

É isso.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Refresque-se


Chá gelado de maçã vermelha

Ingredientes:
2 saquinhos de chá de maçã vermelha;
1 xícara de água;
1 colher de sopa de mel;
1 xícara de suco de maçã;
cubos de gelo;
fatias de limão.

Modo de Preparar:
Coloque a água para ferver e despeje os saquinhos. Deixe em infusão por cinco minutos, removendo os saquinhos em seguida. Adicione o mel e misture bem. Esfrie colocando as pedras de gelo. Acrescente o suco de maçã e umas gotas de limão. Sirva com gelo.

Ninguém precisa morrer de calor.


Ah, as cores!

Tudo é uma questão de visão. Ver além dos tons de cinza e colorir a janela do seu mundo fazem os dias mais alegres e as noites menos escuras. Afinal, as coisas são como você quer ver, não como realmente parecem ser.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre os cantos.

São os cantos mais escuros da alma
que guardam os sentimentos que ninguém vê,
e em forma de lágrimas pesadas,
elas denunciam o íntimo do seu ser.

São cantos artormentados,
bagunçados, duvidosos.
Cantos cansados, fundos,
intocáveis.
Cantos que ninguém gostaria
de mexer.

Não mexa nos meus cantos,
deixe-os assim,
se não posso muda-los
deixa-los-ei em forma de prantos,
para que as lágrimas reguem 
as flores que restam no meu jardim.

Flor de Moraes.

Para pensar.

Bjo